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Em 2021, os 20% dos mutuários com taxas de esforço com o crédito para habitação permanente mais elevadas utilizavam mais de 1/5 do rendimento para fazer face às prestações de crédito para habitação
Indicadores de assimetria ao nível local e inter-regional
Taxas de esforço com o crédito para habitação permanente
Em 2021, os 20% dos mutuários com taxas de esforço com o crédito para habitação permanente mais elevadas utilizavam mais de 1/5 do rendimento para fazer face às prestações de crédito para habitação - 2021
05 de dezembro de 2023

Resumo

Em 2021, o valor mediano da taxa de esforço com o crédito para habitação permanente dos mutuários foi 12,78% e 130 municípios (42% do total), localizados sobretudo nas regiões Norte, Centro e Algarve, apresentaram valores medianos superiores à referência nacional. O município de Albufeira (16,45%) registou a taxa de esforço mais elevada do país. Considerando apenas os mutuários com pelo menos um contrato celebrado em 2021 (6,8% do total de mutuários), o valor mediano da taxa de esforço foi 15,45%.

Em Portugal, os 20% dos mutuários com taxas de esforço mais elevadas utilizavam mais de 1/5 (20,99%) do rendimento para fazer face às prestações de crédito para habitação em 2021. A análise municipal destacava 13 municípios com valores acima de 25% neste indicador, tendo Albufeira (29,23%) registado o maior valor.

O valor mediano da taxa de esforço com o crédito para habitação permanente, em 2021, era mais elevado para os mutuários com 34 ou menos anos (14,15%), face aos mutuários com 65 ou mais anos (13,03%) e aos mutuários com idades entre os 35 e os 64 anos (12,56%). Em 21 das 25 sub-regiões NUTS III, os mutuários mais jovens apresentavam taxas de esforço superiores às dos mutuários dos restantes escalões etários. Algarve, Alto Tâmega e R. A. Madeira registaram taxas de esforço para os mutuários mais jovens superiores a 15%. Considerando apenas os mutuários com 34 ou menos anos pertencentes à primeira metade da distribuição de rendimento líquido de imposto (IRS) de todos os sujeitos passivos – rendimentos até 844 euros mensais – em 2021, o valor mediano da taxa de esforço do crédito para habitação ascendia a 19,40% ao nível nacional e nas sub-regiões do Algarve (24,07%), A.M. Lisboa (22,54%) e R.A. Madeira (20,74%) as prestações de crédito para habitação permanente ultrapassavam 1/5 do rendimento.

A mediana da taxa de esforço dos mutuários com contratos de crédito à habitação envolvendo 2 ou mais mutuários era de 12,21%, sendo 15,14% para aqueles com um único mutuário. A segmentação por sexo dos mutuários em contratos de um único mutuário evidenciou taxas de esforço da habitação superiores para as mulheres (15,39%) face aos homens (14,84%). Este padrão verificou-se também em 17 das 25 sub-regiões. O Algarve foi a sub-região com as maiores taxas de esforço da habitação dos mutuários singulares em ambos os sexos.

O valor mediano da taxa de esforço com o crédito para habitação permanente dos mutuários com pelo menos um contrato celebrado em 2021 (15,45%) era superior à taxa de esforço considerando todos os mutuários (12,78%). Entre as NUTS III, o Algarve apresentou a maior diferença (3,92 p.p.) e o maior valor mediano da taxa de esforço dos mutuários com pelo menos um contrato de crédito à habitação celebrado em 2021 (18,52%).

Este trabalho integra o STATSlab - Estatísticas em desenvolvimento


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